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sexta-feira, 17 de julho de 2015

Contestação - Ação de Extinção de Condomínio



EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE XXXXXX



Processo nº XXXXXXXXXX




XXXXXX, brasileira, inscrita no CNPF/MF sob o nº XXXXX, e portadora da Cédula de Identidade Registro Geral nº XXXXX, PROFISSAO, residente e domiciliada na Rua XXXX, nº XXXX, Jardim XXXX, na Cidade de XXXX-XX, por seu procurador XXXXXXXX, Advogado inscrito na OAB/MG sob o nº XXXXXXX, com endereço na Rua XXXX, nº XXX, Bairro XXXX, na cidade de XXXX, XX, CEP XXXXX, VEM MUI RESPEITOSAMENTE à presença de Vossa Excelência, CONTESTAR, no prazo legal, a ação mencionada acima nos seguintes termos:

dos suscintos fatos
1.       Alega a autora que em processo de Arrolamento dos bens deixados por xxxx e xxxx, ficou estabelecido entre a mesma e os requeridos o condomínio do imóvel denominado “Chácara xxxx”, constante no CRI da comarca de xxxx sob o nº xxxx, Livro xxx, fls. 01,02 e 03;
2.       Traz a Autora as limitações e confrontações do imóvel como um todo, citando inclusive a “pequena casa de morada” situada no mesmo com área de xxxxx m²;
3.       Afirma a autora que a mesma e os Requeridos possuem porcentagem do referido imóvel, alegando ser indivisível, e que a possuem como Condôminos, e requer a extinção do mesmo, com a venda do imóvel judicialmente, visto suposta discordância em realizar a venda do imóvel de forma amigável;


A.      PRELIMINARes
A-1 - DA ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM
4.       Os pedidos da Autora incidem no patrimônio deixado por xxxxxx e xxxxxxx, o qual foi objeto de processo de Arrolamento de Bens;
5.       O Arrolamento de Bens foi claro ao transferir aos herdeiros a parte do imóvel de Matrícula nº xxxx, não incluso no mesmo a área de xxxx,00 m² adquiridos pela Contestante em xx/xx/xxxx, como consta o R.02 da M-xxxxx acostado ao processo;
6.       Assim é evidente que as pretensões Autorais deveriam ser dirigidas aos xxxx m² do referido imóvel, e não sobre a totalidade, pois pode, perfeitamente ser vendida em comunhão com a parte adquirida antes da herança pela Contestante;
7.       É insubsistente as alegações da Autora, pois frise-se que a Contestante não foi parte no processo de Arrolamento de bens deixados pelos falecidos, conforme alega a Autora na inicial;
8.       Desta forma, o processo deve ser extinto em relação à parte da Contestante;

A-2 -  DO PEDIDO JURIDICAMENTE IMPOSSÍVEL
9.       O pedido juridicamente impossível, nas palavras de Manoel Antonio Teixeira Filho é:
“ aquele com relação ao qual existe, na ordem legal, um veto à sua formulação, ou seja, é aquele que não encontra norma legal ou convencional que o autorize, o que não se enquadra ao caso
10.   Observa-se que a presente ação respalda-se, em relação ao pedido de extinção de condomínio, em regra civil, do condomínio voluntário, que prevê a possibilidade de qualquer dos co-proprietários de requerer sua extinção a qualquer tempo;
11.   Porém, apesar de a parte do referido imóvel pertencente à Contestante ser registrado “em comunhão”, não significa que mantinha a área em condomínio com a Autora e os outros Requeridos;
12.   Pois vejamos: Maria Helena Diniz ao citar Caio M. S. Pereira explica o Conceito de Condomínio:
“... ter-se-á condomínio quando a mesma coisa pertence a mais de uma pessoa, cabendo a cada uma delas igual direito, idealmente, sobre o todo e cada uma das partes.”
(Diniz, Maria Helena – Codigo Civil Anotado 12. Ed. Ver. E atual. – São Paulo : Saraiva 2006)
13.   Note-se, Excelência, que a área adquirida pela Contestante é justamente a da qual a mesma utiliza de forma privada, não tendo as outras partes acesso à área – CARACTERÍSTICA ESSENCIAL DO CONDOMÍNIO, o que é ao contrário no caso;
14.   A Contestante comprova acostado a esta petição contestatória, que mantém Administração da área de xxxxx m² desde a compra em 2002, sem o instituto da affectio societatis, com a Autora e os outros Requeridos, e nem ainda ao tempo de quando os autores da herança eram vivos – FATO QUE DESCARACTERIZA A QUALIDADE DE CONDÔNIMOS ENTRE AS PARTES;
15.   Assim, o pedido para alienar a parte correspondente à da Contestante, é juridicamente impossível, pois não faz parte do Condomínio suscitado;
16.    Em extrema hipótese de se identificar o registro da área adquirida pela Contestante como sendo Condomínio com a Autora e os outros Requeridos, ainda assim, Silvio de Salvo Venosa diferencia o instituto:
“ No Condomínio pro diviso, existe mera aparência de condomínio, porque os comunheiros localizaram-se em parte certa e determinada da coisa, sobre a qual exercem exclusivamente o direito de propriedade...
... Por vezes, vários são os proprietários da mesma área, mas já localizados sobre determinada gleba: cercaram-na, respeitam os respectivos limites. Nessas hipóteses de condomínio pro diviso, a comunhão existe de direito, mas não de fato. Incumbe aos comunheiros tão só regularizar a divisão do imóvel junto ao registro imobiliário”
(Venosa, Silvio de Salvo – Direito Civil: Direitos Reais 7. Ed. São Paulo, Atlas, 2007 (Coleção Direito Civil, v. 5)

17.   AS FOTOS JUNTADAS À ESTA PEÇA CONTESTATÓRIA COMPROVAM ISTO: A área comprada pela Contestante é a parte dentro da cerca, ao lado da estrada, que, sem cerca une à matrícula nº xxxx, também de propriedade da mesma;
18.   Mais uma vez: o pedido inicial é juridicamente impossível, pois trata-se de propriedade particular não inclusa em direitos disponíveis a condônimos comuns como requer a Autora, e por isso o processo deve ser extinto em relação à parte da contestante;

B.      MERITO

DA POSSE e PROPRIEDADE PELA COMPRA E VENDA
DESCARACTERIZAÇÃO DE CONDOMÍNIO
19.   A questão é focada no próprio Registro Público, e em razão da Segurança Jurídica, devem ser respeitados os princípios que norteiam a atividade registradora, base sobre a qual repousa a confiança depositada pela população no sistema;
20.   A Contestante adquiriu xxxx,00 m² do imóvel de Matrícula xxxx, como consta no R.02 da citada Matricula, quando ainda era casada com xxxxx, na data de xx/xx/xxxx;
21.   Nesta data, adquiriu dos então ainda vivos Sr. xxxxx e de sua esposa Sra. xxxx;
22.   Apesar de a Lei proibir a divisão de certos imóveis em duas ou mais matrículas, a mesma autorizou a opção do Registro em Comunhão, o que fez, logicamente, a Autora confundir com Condomínio.
23.   Assim, após a Contestante adquirir a parte citada, efetuou seu registro, como já citado, no CRI desta Comarca;
24.   A partir daí, a Contestante juntamente com seu ex esposo, anexou a parte comprada ao que já antes possuíam,, do qual, sem impedimentos manteve a administração desta parte;
25.   Silvio de Salvo Venosa em sua obra já citada, declara que:
 “prepondera sempre a regra geral do Direito pela qual a ma-fé não se presume; a boa-fé, sim.”
26.   Assim, a Contestante, adquiriu a propriedade de Boa-fé, antes propriamente da morte dos autores da Herança, o que, de posse do registro, mesmo que em comunhão, acreditou, baseado no “Princípio da Continuidade do caráter da posse”, ter a posse e propriedade autêntica;
27.   Este Princípio é citado por Silvio de Salvo Venosa (em obra citada, PG. 63), ao interpretar o art. 1.203 do Código Civil:
“Dispõe o art. 1.203: Salvo prova em contrário, entende-se manter a posse o mesmo caráter com que foi adquirida”
28.   Neste sentido, é que no fatídico em questão, erra a Autora ao incluir o R.02, o R.03 e R.04 da Matrícula xxxxx do Livro nº xxx do RI desta Comarca como sendo parte do todo de um acordo de Processo de Arrolamento de Bens;
29.   Primeiramente que a parte adquirida pela Contestante Não fez parte do Arrolamento. Foi adquirida antes;
30.   Mesmo adquirida antes, e após o Arrolamento continuando inscrita na Matrícula xxxxx, a parte correspondente a xxxx,00 m² do imóvel da qual é de propriedade da Contestante, NÃO CONFIGURA CONDOMÍNIO;
31.   Descaracterizado está o condomínio da parte da Contestante com o restante, por vários motivos.
32.   A parte da Autora, como se vê NAS FOTOS ANEXADAS À ESTA PEÇA CONTESTATÓRIA, provam, inclusive, que a mesma já está cercada, desde a tempos, e anexada à área “sítio xxxxxxxx”;

DA PEÇA CONTESTATÓRIA DE xxxxxxx – POSSIBILIDADE DE RESOLUÇÃO DO CONFLITO
33.   Foi anexada às fls 23 e 24 do presente processo, a peça contestatória citada;
34.   A defesa traz às claras também o argumento de que mais uma vez a autora falta com a verdade, como fez em toda inicial, pois poderia ter vendido seu quinhão à outra contestante, que manifestou interesse;
35.   Portanto, diante da manifestação do interesse de compra da Sra. xxxxxx, ainda há a previsão da resolução do conflito sem que interfira no direito da Contestante, pois não tem interesse na venda da área adquirida;

DA IMPUGNAÇÃO DA AUTORA ÀS FLS 32
36.   Não merece prosperar a pretensão inicial da autora, reforçada na impugnação às fls. 32, em requerer a venda do imóvel denominado “Chácara xxxxxx”;
37.   Como já defendido, o pedido deve ser parcialmente concedido para que não haja a venda da área adquirida pela Contestante, ou seja, os xxxx m² comprados;

CONCLUSAO E REQUERIMENTOS
38.   A Falsa alegação inicial da autora de que a Contestante juntamente com os outros Requeridos através de processo de Arrolamento estabeleceram condomínio entre si do imóvel em questão prejudica a verdadeira Justiça!;
39.   A contestante alegou e comprovou que a área comprada em 2002, e registrada, não faz parte do condomínio estabelecido entre a Autora e os outros Requeridos;
40.   A solução inicial, mesmo que judicial, seria a Autora pedir extinção do condomínio estabelecido entre ELA E OS HERDEIROS;
41.   Outra solução seria a venda à interessada manifestante em outra contestação no processo;
42.   Mediante tudo alegado e comprovado pela Contestante, e sem mais delongas, requer:


A.      Seja conhecida e julgada a preliminar da ilegitimidade passiva e do pedido juridicamente impossível,  tendo em vista que a área adquirida pela Contestante não fez parte do “que ficou estabelecido em processo de Arrolamento”, conforme falsamente alega a autora;
B.      Seja intimado o Ministério Público para manifestar ante a contestação apresentada;
C.      Sejam julgados improcedentes os pedidos da Autora por representar medida antijurídica e não refletir a necessária Justiça!
D.      Que seja deferida justiça gratuita à Contestante, pois declara não poder arcar com despesa sem prejuízo próprio e da família;


Protesta-se provar os fatos aqui articulados, através de todos as provas em direito admitidas e que venham a fazer-se necessárias, em especial pelo depoimento pessoal, bem como de prova testemunhal e pericial, se necessária.


Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade, Data.



Advogado – OAB/

Especificar Provas - Julgamento Antecipado



EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CIVEL DA COMARCA DE xxxx-xx


Processo nº xxxxxxx





                                             XXXXXXXX, Já qualificada nos autos da ação supra mencionada, por seu procurador XXXXXX, Advogado inscrito na OAB/MG sob o nº XXXX, com endereço na Rua XXXX, nº XXX, Bairro XXXX, na cidade de xxxxx, XX, CEP XXXXX, VEM MUI RESPEITOSAMENTE à presença de Vossa Excelência, informar que dispensa outras provas a produzir, e tendo em vista que as provas juntadas pela autora, bem como a matéria de fundo é exclusivamente de direito, vem REQUERER O JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE,  de acordo com art. 330,I do CPC;


Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade, Data.



Advogado – OAB

Alvará Judicial - Resíduos INSS




EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE xxxxxxx-xx






XXXXXXXX brasileiro, divorciado, nascido em XX/XX/XXXX, inscrito no CNPF/MF sob o nº XXXX, residente e domiciliado no BairroXXX s/nº, área rural do Município de XXXX, XX, CEP XXX e XXXXXXX, brasileiro, divorciado, nascido em XX/XX/XXXX, inscrito no CNPF/MF sob o nº XXXXXX, residente e domiciliado no Bairro XX s/nº, área rural do Município de XXX, XXXXX, CEP XXXX e  XXXXXXXX, brasileira, inscrita no CNPF/MF sob o nº XXXXX, e portadora da Cédula de Identidade Registro Geral nº XXXXXX, PROFESSORA, residente e domiciliada na Rua XXXXX, nº XXX, Jardim XXXX, na Cidade de XXXXX – XX, Todos assistidos por seu advogado, XXXX, brasileiro, casado, inscrito na OAB - Seção de Minas Gerais sob o nº XXXX, inscrito no CNPF/MF sob o nº XXXX, e portador da Cédula de Identidade Registro Geral nº XXXXX, emitida pela Secretaria de Segurança Pública de XXXX, com escritório na cidade de XXX, XX, na Rua XXX, nº XX, Bairro XXX, email XXXX@hotmail.com, Vem com o devido respeito perante Vossa Excelência, com fulcro no art. 725, VII do CPC, e no Art. 521, §1º da IN 77/2015 do INSS, Requerer a expedição de
ALVARÁ JUDICIAL  nos termos que se segue:





1.       Os Requerentes eram únicos filhos de XXXXXX, brasileira, nascida em XX/XX/XXXX, natural de XXXX-XX, inscrita no CNPF/MF sob o nº XXXXX, e portadora da Cédula de Identidade Registro Geral sob o nº XXXXX, residia na Avenida XXX, nº XXXX, na Cidade de XXXX-XX;

2.       No dia XX/XX/XXXX, às XXhXXmin horas faleceu o “de cujus”, conforme cópia da Certidão de Óbito em anexo;

3.       Porém, conforme Declaração do Instituto Nacional do Seguro Social emitida em XX/XX/XXXX anexa, o “de cujus” por ter percebido aposentadoria por idade e pensão NB XXXXXXX e XXXXXXX, deixou um resíduo naquele instituto no valor de R$XXXX (XXXXXX) EM CADA BENEFÍCIO, totalizando, portanto R$XXXXXX (XXXXX);

4.       Como os herdeiros são maiores e capazes, e nenhum é habilitado ou será habilitado à pensão por morte do "de cujus", o que torna necessário o requerimento do presente Alvará neste r. Juízo;

5.       Suplicam os Requerentes nesta d. Justiça, por analogia à Sumula 161 do STJ;

6.  Tendo em vista o pequeno valor a ser resgatado, bem como o motivo desse procedimento não suportar a via especial, Requerem seja concedido o benefício da Justiça Gratuita, o que, em caso de indeferimento, concedido prazo para pagamento, após a expedição do Alvará;

PEDIDO:
Diante do Exposto, suplicam os Requerentes à Vossa Excelência:
a)      Seja deferido a Justiça Gratuita;
b)      Seja Intimado o Ministério Público para manifestar sobre o presente pedido;
c)       Após ouvido o membro do parquet, seja concedido e expedido o competente Alvará Judicial para levantamento do valor que houver perante o INSS, referente a resíduos deixados por XXXXXXXX, CPF nº , RG;
Dá-se à causa o valor de R$ XXXXXX

Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Cidade, Data



Advogado – OAB